Aresta Cosmiques – Alpes Franceses

Aresta Cosmiques – Alpes Franceses
O percurso da via. Você pode pegar vários croquis e dicas em sites.

O percurso da via. Você pode pegar vários croquis e dicas em sites.

Depois de descer do Mont Blanc a pouco mais de 1 hora de atingirmos o cume, o Fernando e eu fomos fazer umas escaladas em regiões mais baixas para que ele na sofresse os males do ar rarefeito.

A escalada mais bacana, que depois repeti com a Ana, num dia de clima muito melhor, foi a Aresta Cosmiques, cujo incentivo a Fernanda Mesquita Veloso nos deu e o Alexandre Mellek completou com as dicas, pois a havia feito dias antes.

A Arête Cosmiques segue o flanco esquerdo da Aiguille du Midi, para quem vê a montanha a partir do Valle Blanche.

Abrigo Cosmiques. Note alguns escaladores seguindo pela direita, em direção ao Abrigo Simond.

Abrigo Cosmiques. Note alguns escaladores seguindo pela direita, em direção ao Abrigo Simond.

Fernando no final dos trechos de aderência, quase no primeiro Rapel.

Fernando no final dos trechos de aderência, quase no primeiro Rapel.

Após sair do Teleférico, é necessário descer a aresta da Aguille du Midi que segue para o Valle Blanche, contornar a montanha por baixo, passar pelo Abrigo Cosmiques e iniciar a travessia a partir do Abrigo Simond.

A escalada começa fácil. Fácil para quem está acostumado a escalar rocha com crampons aos pés. A classificação francesa de 4c é algo como 3° grau brasileiro, então é sussa, desde que você use bem os crampos e o piolet em fendas. Esse drytooling será um bom exercício para quem está começando a escalar rotas alpinas e vai te dar a segurança para os trechos mais chatos que estão no final da escalada, quase no topo.

Ana, tendo que dominar uns blocos, já na metade do caminho.

Ana, tendo que dominar uns blocos, já na metade do caminho.

Os Cósmicos, blocos que dão nome à aresta.

Os Cósmicos, blocos que dão nome à aresta.

Levamos uma corda e um jogo de friends. No meio da aresta, há dois rapéis, então é necessário levar uma corda de mínimo, 40m. O trajeto leva em torno de 3 horas se você for curtindo e não houver muito congestionamento, pois a via é bem bonita, fácil e por conta disso, bem procurada.

Além do equipamento básico para gelo: Crampons e piolet, é importante que você escale leve, com uma mochila que não lhe atrapalhe os movimentos (gosto da linha Guide da DEUTER, e a Ana usou uma Espectro 28), e use o sistema de camadas para se vestir, podendo colocar e retirar roupas conforme a temperatura mude. Nesta escalada, usei uma calça apenas (sem segunda pele, pois a previsão era de tempo bom), camiseta de segunda pele X-Thermo Air manga longa (te mantém seco do suor, e protege dos raios UV), levei também uma jaqueta Warm Up de penas da SOLO e anoraque Tempest completo (calça e jaqueta) guardados na mochila, just in case da “casa cair”. Luvas e boas meias são essenciais.

Eliseu Frechou

Eliseu Frechou

Guia de montanha e instrutor de escalada. Iniciou no esporte em 1983 e desde então se dedica ao montanhismo e à escalada tempo integral atuando em diversos segmentos, mas principalmente na organização de expedições, produção de documentários e filmes.


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