Utah 2022 – Moab e Fisher Towers
![Utah 2022 – Moab e Fisher Towers](https://eliseufrechou.com.br/wp-content/uploads/2022/11/ERF04921-890x395_c.jpg)
![As Fisher Towers, Utah](https://eliseufrechou.com.br/wp-content/uploads/2022/11/ERF04992.jpg)
As Fisher Towers, Utah. O camping fica ao pé das torres.
Há lugares que você sonha há muito tempo em visitar, mas sem esperanças de se realmente conseguirá vivenciar o sonho, ou a vontade ficará para a próxima encarnação. Conhecer as Fisher Towers era para mim, um desses lugares.
No início deste ano a Tatiana Batalha, para minha surpresa, assuntou sobre as escaladas em Utah, e se daria para escalarmos lá após minha temporada em Yosemite. Yeah! Então que, após 22 dias em Yosemite, parti para Slt Lake city me encontrar com ela e pegarmos um motorhome que ficaria comigo e a Ana após a Tati retornar ao Brasil.
O estado de Utah é cheio de grandes points de escalada das mais diversas rochas e estilos. Também pode-se sair do deserto e em pouco tempo, estar em um ambiente quase alpino. É essa diversidade que fez com que grandes escaladores e empresas do universo outdoor mudassem para lá. O estado é muito desenvolvido e as estradas bem pavimentadas e sinalizadas. Com o motorhome era grande, tipo uma nave, e com ele poderíamos parar quase que em qualquer lugar e planejarmos a mudança de lugares conforme nos conviesse, o que alpém do conforto, se mostrou mais econômico do que alugar um caroo, mais eventuais custos de hotel e refeições.
![A Enterprise no Arches National Park](https://eliseufrechou.com.br/wp-content/uploads/2022/11/Tratadas.jpg)
O motorhome que apelidamos de Enterprise no Arches National Park
Na chegada em Moab, cidade que ficou sendo nossa base, encontramos a Gisely Ferraz, escaladora brasileira que reside há anos nos EUA e trabalha com escalada, sendo patrocinada por grandes marcas americanas. Gi foi nossa fonte de informação e inspiração para continuarmos na luta de um dia, escalarmos fendas tão bonito quanto ela. Siga ela no Instagram: https://www.instagram.com/brazilianclimbergirl/
![Gisely Ferraz](https://eliseufrechou.com.br/wp-content/uploads/2022/11/ERF04937.jpg)
Gisely Ferraz
O primeiro point que paramos foi Potash road, uma falésia gigante a beira de uma estrada asfaltada, distante uns 6km de Moab. a falésia segue o rio Colorado, e se você estiver afins de um mergulho, basta cruzar a estrada. A grande maioria das vias seguem fendas, mas existem vias protegidas totalmente com chapeletas. Todas as bases são preparadas para rapel, com dois ou três chapeletas e correntes. Do outro lado do rio, há outra estrada e mais falésias, que embora não tão imponentes como a muralha de Wall Street, tem sobra pela manhã, quando Potash está no sol.
![Rio Colorado, Potash road e Wall Street](https://eliseufrechou.com.br/wp-content/uploads/2022/11/potashROAD.jpg)
Rio Colorado, Potash road e Wall Street
![Antonio Paulo Faria numa das vias de Wall Street](https://eliseufrechou.com.br/wp-content/uploads/2022/11/ERF04734.jpg)
Antonio Paulo Faria numa das vias de Wall Street.
![Uma das vias esportivas, num canyon adjacente a Potash Road.](https://eliseufrechou.com.br/wp-content/uploads/2022/11/ERF04778.jpg)
Uma das vias esportivas, num canyon adjacente a Potash Road.
A Tati encanou de escalar a via Ancient Art, e a Gi botou pilha e foi conosco e o Antonio Paulo um dia antes para dormirmos no camping com a ideia de descermos da via antes do meio dia.
Acordamos as 04h00 e após um rápido café, partimos emn direção a torre de arenito na qual estava a famosa via. Gisely e Antonio Paulo foram na frente, Tati e eu atrás. A primeira enfiada é um misto de escalada fácil, com um trecho estranho em conglomerado (quando existem seixos incrustados no arenito) o qual passamos em artificial para poupar tempo e fugir do sol que logo chegaria onde estávamos. A segunda enfiada é uma chaminé bem arenosa, as proteções são esquisitas, muitas não aguentam uma queda, então é necessário muito cuidado nesse trecho.
![Início da trilha de 40min até a base da Ancient Art, com o Castle valley ao fundo.](https://eliseufrechou.com.br/wp-content/uploads/2022/11/FisherTowers15.jpg)
Início da trilha de 40min até a base da Ancient Art, com o Castle valley ao fundo.
![Antonio Paulo e Gi, na base da Ancient Art.](https://eliseufrechou.com.br/wp-content/uploads/2022/11/FisherTowers11.jpg)
Antonio Paulo e Gi, na base da Ancient Art.
![Segunda enfiada. Bem estranha!](https://eliseufrechou.com.br/wp-content/uploads/2022/11/FisherTowers6.jpg)
Tati e eu na segunda enfiada. Bem estranha! Imagem Gisely Ferraz
A terceira enfiada é curta, com um lance de boulder no final. Dali, segue um escalador por vez, numa travessia até o topo do sorvete que é a foto clássica da via. Não é possível subir mais de uma pessoa, nem rapelar do topo. É necessário desescalar até a terceira parada.
![Tati e Gi na terceira parada](https://eliseufrechou.com.br/wp-content/uploads/2022/11/ERF05019.jpg)
Tati e Gi na terceira parada.
![Tati subindo a quarta enfiada.](https://eliseufrechou.com.br/wp-content/uploads/2022/11/GOPR1441.jpg)
Tati subindo a quarta enfiada.
![Gi no topo da quarta enfiada. Imagem A.P.Faria](https://eliseufrechou.com.br/wp-content/uploads/2022/11/IMG_2412.jpg)
Topo da quarta enfiada. Imagem A.P.Faria
Eliseu Frechou
Guia de montanha e instrutor de escalada. Iniciou no esporte em 1983 e desde então se dedica ao montanhismo e à escalada tempo integral atuando em diversos segmentos, mas principalmente na organização de expedições, produção de documentários e filmes.
Related Articles
Califórnia 2017 – parte I – Mount Whitney
A temporada deste ano na Califórnia foi um pouco menos seca do que no ano passado. O plano para setembro
Enfrentando o Incrível Hulk
Em setembro do ano passado, o projeto de escalar o Red Dihedral no The Incredible Hulk foi por água abaixo,
Mount Whitney – EUA 2016
Havia 10 anos que não visitava Yosemite. Após uma série consecutiva de ida à Yosemite, resolvi levar o equipamento para