O Brévent pela Frisson-Roché – Chamonix

O Brévent pela Frisson-Roché – Chamonix
Rogério na segunda enfiada.

Rogério na segunda enfiada. No fundo do vale, a cidade de Chamonix.

O maciço do Brévent domina o visual da face oposta às Agulhas de Chamonix. A parede não é tão grande, mas impressiona, pois está bem no alto, a menos de mil metros abaixo da altitude da Aiguille do Midi, mas para quem a vê de baixo, parece quase na mesma altura.

O que importa para quem escala, é que a rocha, a proteção e a aproximação são espetaculares. Assim como a visão do maciço do Mont Blanc, se você tiver a sorte deescalar num dia de poucas nuvens.

A rota que escalei este ano com o Rogério Jorge, já havia feito com minha esposa Ana, num dia de muitas nuvens que não nos permitiu ver o Mont Blanc. Desta vez, não tivemos melhor sorte. Subimos em um dia no qual a noite anterior foi de muita chuva, e é claro que quando lá chegamos, a mais de 2.500m de altitude, os platôs, fendas e agarras estavam cheios de neve. Menos mal que pudemos descer, pegar o outro teleférico e ir para a o Valle Blanche.

No dia seguinte, saímos cedo e entramos na Frisson-Roche antes das 09h00, o que nos garantiu não termos nenhuma cordada acima de nós para jogar pedras em nossas cabeças. O dia estava bem nublado, mas sem previsão de chuva. Resolvemos arriscar e escalar rápido, sem levar corda extra para descer em caso de pedra molhada.

A via ainda tinha partes escorrendo água, mas no geral a via estava bem seca. O Rogério puxou a ficha da via e descobriu que o traçado original foi modificado recentemente pela Companhia de Guias de Chamonix, pois o percurso original passava por muita rocha solta. Agora a via é toda grampeada, o que possibilita carregar menos peso e escalar rápido. A grampeação é impecável, com distâncias entre grampos nunca superiores a 8 metros.

Terceira enfiada.

Terceira enfiada.

A parede começa com inclinação levemente positiva e vai ficando vertical a medida que subimos. A dificuldade média é o 6a francês. Em menos de 3 horas escalamos as 6 enfiadas de escalada puro prazer.

A rota não é equipada para rapel, as enfiadas são de 50m e se você quiser garantir uma eventual retirada, leve duas cordas.

O maciço do Brévent domina o visual da face oposta às Agulhas de Chamonix. A parede não é tão grande, mas impressiona, pois, está bem no alto, a menos de mil metros abaixo da altitude da Aiguille do Midi.

O que importa para quem escala, é que a rocha, a proteção e a aproximação são espetaculares. Assim como a visão do maciço do Mont Blanc, se você escalar num dia de poucas nuvens.

A rota que escalei este ano com o Rogério Jorge, já havia feito com a Ana, num dia de muitas nuvens. Desta vez, não tivemos melhor sorte. Subimos em um dia no qual a noite anterior foi de muita chuva, e é claro que quando lá chegamos, a mais de 2.500m de altitude, os platôs, fendas e agarras estavam cheios de neve. Menos mal que pudemos descer, pegar o outro teleférico e ir para a o Vallée Blanche.

No dia seguinte, saímos cedo e entramos na Frisson-Roche antes das 09h00, o que nos garantiu não termos nenhuma cordada acima de nós para jogar pedras em nossas cabeças.

Brévent

Brévent. A via segue o diedro ensolarado no meio da parede.

A via ainda tinha partes escorrendo água, mas no geral a via estava bem seca. O Rogério puxou a ficha da via e descobriu que o traçado original foi modificado recentemente pela Companhia de Guias de Chamonix, pois o percurso original passava por muita rocha solta. Agora a via é toda grampeada, o que possibilita carregar menos peso e escalar rápido. A grampeação é impecável, com distâncias entre grampos nunca superiores a 8 metros. Não estranhe o estilo local: eles grampeiam fendas sem pudor algum. Se uma via transcorre por fendas e não há equipamento móvel na lista do que levar, pode ir sem medo, pois estará tudo grampeado.

Rogério guiando a última enfiada, a mais irada da via.

Rogério guiando a última enfiada, a mais irada da via.

A parede começa com inclinação levemente positiva e vai ficando vertical a medida que subimos. A dificuldade média é o 6a francês. Em menos de 3 horas escalamos as 6 enfiadas de escalada puro prazer.

A rota não é equipada para rapel, as enfiadas são de 50m e se você quiser garantir uma eventual retirada, leve duas cordas.

Eliseu Frechou

Eliseu Frechou

Guia de montanha e instrutor de escalada. Iniciou no esporte em 1983 e desde então se dedica ao montanhismo e à escalada tempo integral atuando em diversos segmentos, mas principalmente na organização de expedições, produção de documentários e filmes.


Tags assigned to this article:
AlpesChamonix

Related Articles

Uma Solução Suicida e um Powerfull Hammer

Logo após Sérgio Tartari, Marcio Bruno e eu retornarmos do Mali em 1996, onde conquistamos a “Solução Suicida” no Kaga-Tondo,

Caminhos da Mantiqueira – assista na íntegra

Assista na íntegra, um dos mais belos filmes sobre a Serra da Mantiqueira, magistralmente dirigido por Galileu Garcia Jr. Durante

As rochas de Chamonix – Alpes 2014

O motivo da viagem à Chamonix e não à qualquer outro destino de rocha quente da Europa, foi aprender um

No comments

Write a comment
No Comments Yet! You can be first to comment this post!

Write a Comment